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terça-feira, 18 de março de 2025

A Liberdade e a Coerção

 


A liberdade é considerada um dos valores dos liberais, tanto que faz parte do lema da Revolução Francesa: Igualdade, Liberdade e Fraternidade. Esta última para tentar conciliar os dois primeiros valores que no capitalismo são antagônicos. Para os socialistas estes valores passaram a ser relacionados ao econômico, o que seria pertinente se não fosse considerado suficiente essa relação. Para os anarquistas, que enfatizam a liberdade, considerando que os demais nascem desta primeira necessidade, apresenta-se uma solução muito mais eficiente, embora necessite de uma sociedade muito preparada moralmente para sua implantação. Algo que praticamente impossibilita sua realização, mas suas denúncias são palpáveis, vejamos as considerações do panfletário Errico Malatesta tirado de Os grandes escritos anarquistas:

A própria afirmação de que a existência do Estado não é natural e de que o contrato social que os funda beneficia muito mais uns que outros e que para a imensa maioria é extremamente danoso, coloca em outra vista o que aceitamos tão naturalmente. Malatesta constatava ainda que “o governo significa delegação de poder, isto é, abdicação da iniciativa e soberania de todos os homens nas mãos de poucos”. Acredito que hoje se tenha muita pouca dúvida disso.

O homem, como todos os seres vivos, se adapta às condições em que vive e transmite, através da herança cultural, seus hábitos adquiridos. Portanto, por nascer e viver na escravidão, por ser descendente de escravos, quando começou a pensar o homem acreditava que a escravidão era uma condição essencial à vida. A liberdade parecia impossível. Assim também o trabalhador foi forçado, por séculos, a depender da boa vontade do patrão para trabalhar, isto é, para obter pão. Acostumou-se a ter sua própria vida à disposição daqueles que possuíssem a terra e o capital. Passou a acreditar que seu senhor era aquele que lhe dava o pão, e perguntava ingenuamente como viveria se não tivesse um patrão.

Se acrescentarmos ao efeito natural do hábito a educação dada pelo patrão, pelo padre, pelo professor, que ensinam que o patrão e o governo são necessários; se acrescentarmos o juiz e o policial para pressionar aqueles que pensam de outra forma, e tentam difundir suas opiniões, entenderemos como o preconceito da utilidade e da necessidade do patrão e do governo são estabelecidos.

O sabiá sabia assobiar

  Assim cantou o sabiá Como sempre Sabia assobiar Com a melodia assombrar E o ritmo encadear O sol sobe e a lua baixa As estrela...