O Congresso brasileiro durante os governos Temer e Bolsonaro foi muito sensível aos Lobbys econômicos empresariais aprovando pautas que além de danosas são absurdamente impopulares mesmo com ajuda da mídia cujo os donos são parte de uma mesma elite financista. De dezembro do primeiro ano de Bolsonaro o Congresso foi libertando de qualquer amarra e até mesmo progressivamente dos lobbys porque percebeu que não precisa mais do apoio dos grupos organizados porque podem ser eleitos na base do dinheiro bruto inclusive inflacionando o mercado propositalmente para restringir a oferta. Ou seja, os deputados estão fazendo dumping.
É preciso que
os grupos populares, que a base organize seus lobbys não só pra fazer lobbies,
mas para fazer abaixo-assinados, realizar protestos... constranger os
parlamentares. É preciso pipocar pelo Brasil vaquinhas para colocar os rostos
dos traidores apoiadores da PEC das Quadrilhas de cada estado no seu domicilio
eleitoral. Se alugarmos outdoors por uma semana pra expor os Joãos Silverios e
os Judas e ameaçarmos fazer outras vezes... os legislativos vão se tornar mais
cautelosos.
Hannah Arendt
em Condição Humana foi mestra em nos mostrar como fomos regredindo de majoritariamente
construir coisas, inovar para trabalhar para sobreviver. Ocupar todo o nosso
tempo com a própria sobrevivência ficando sem tempo para agir. Agir na gramatica
arendtiana é colocar algo novo mundo tanto que o nascimento é uma espécie de
ação. Agir é uma atividade pública por excelência em contraponto a economia que
cuida do privado. A praça publica tem sido as redes antissociais que são no mínimo
tuteladas pela economia. Na melhor das hipóteses capitalista. Na mais provável
tecno-feudalista. É preciso tornar as ruas e praças o espaço público novamente.