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quinta-feira, 10 de julho de 2025

Pensar exaure



Pensar exaure! Pensar é um exercício? Até é. Mas não é um exercício muito pesado, a não ser que se esteja construindo um artigo acadêmico ou uma tese. Não é pelo esforço calórico que o pensar cansa, mas pela sobrecarga. Pensar exige que se agregue mais uma, duas ou três atividades ao cérebro. Todas elas com ramificações. Quanto mais liberto o cérebro, mais ramificações.  Um cérebro focado corre uma corrida de cem metros. Faz um esforço brutal e logo termine ou num desgaste extremo corra uma maratona e depois tenha dias pra recompor. A tarefa já foi cumprida. Um pensamento que é constantemente desfocado pelo ambiente histórico e cultural corre um triatlo, muitas vezes um Ironman.

O problema não é a força de vontade da pessoa manter o foco. Vivemos na sociedade mais “barulhenta”. Não por causa das pessoas. As pessoas não estão revoltadas nas ruas. A maior parte do barulho vem de maquinas, de objetos que se tornaram nossas extensões ou extensões da sociedade. Multiplicidades em mídias, poluições sonoras, visuais, sensoriais das mais diversas. Numa forma teológica recebemos incontáveis tentações. Cientificamente inúmeros estímulos interagem conosco. Como é uma interação para não participar precisamos ignorar, mas não é fácil. Para o melhor entendimento pense em alguém te cutucando de minuto a minuto pra fazer alguma coisa para se livrar você precisa renunciar ou ignorar. Não é fácil. Pense que você sabe que precisa ou deseja interagir, mas tem muitas outras coisas a fazer...


segunda-feira, 7 de julho de 2025

No giro da multiplicidade: a ansiedade compulsória



Vivemos numa sociedade com um excesso de estímulos e que nos leva a realizar multitarefas pois somos estimulados a fazer várias coisas ao mesmo tempo. Ler enquanto ouvimos uma música no background para isolar os eventuais sons que dispersariam nossa atenção. Citei um exemplo onde se usa uma segunda tarefa para se concentrar na primeira. Numa época de menos estímulos o silêncio seria mais adequado.

Enquanto escrevi este texto toca uma música no YouTube dentro da televisão porque provavelmente eu acho que perderia meu tempo se não escrevesse esse texto e ouvisse música ao mesmo tempo. A música nem serve de background porque eu estou ouvindo mesmo. E de vez em quando olho pro televisor pra ver a coreografia ridícula de Never Gonna Give You Up.

Estamos modulados a usar todas as possibilidades de aproveitar nosso tempo na multiplicidade e não no foco. O foco nos provoca a fazer uma coisa bem feita (um monismo, talvez uma paranoia) e a culpa de não ter feito/aproveitado um monte de coisas. Talvez relacionado ao consumo de inúmeras coisas frágeis e limitadas em vez de coisas duradouras. Não importa criamos uma ansiedade constante que se retroalimenta.

Segundo o Deepseek há uma **forte correlação entre hiperestimulação e ansiedade**, embora a relação seja complexa e multifatorial. Ambos os conceitos estão interligados tanto fisiologicamente quanto psicologicamente. […]

[…]A hiperestimulação não só **desencadeia** ansiedade, como também é **amplificada** por ela. Reconhecer os sinais (ex.: fadiga constante, irritabilidade, dificuldade de "desligar") é o primeiro passo para intervir. Em casos persistentes, buscar apoio profissional (psicólogo ou psiquiatra) é crucial para evitar cronificação.

O sabiá sabia assobiar

  Assim cantou o sabiá Como sempre Sabia assobiar Com a melodia assombrar E o ritmo encadear O sol sobe e a lua baixa As estrela...