Hegel afirma em fenomenologia dos espíritos que o saber que nos interessa é o imediato e que a certeza sensível nos leva à certezas tidas como “o mais rico conhecimento”, embora sejam entretanto a “verdade mais abstrata e mais pobre”, pois ela exprime somente o que ela é. O Eu é um puro este e o Objeto um puro isto. Estabelecem uma relação na qual não levam a nenhum conhecimento, nenhum relacionamento, repete os termos como eles são sem acrescentar nenhum conhecimento, apenas repetindo que o objeto é o que é e que o objeto não é o que ele não é.
Ao fazer uma simples experiência
de guardar uma expressão que é verdadeira num momento para verifica-la em outro
momento e descobri-la falsa, percebe que nem sujeito, nem objeto permanecem
sempre verdadeiros, não são universais. Assim descobre que o universal está no
singular, porque todo instante é singular e que a única verdade é a do
movimento e que assim a essência não está nem no sujeito, nem no objeto, mas no
movimento, na dialética da certeza sensível que afirma inicialmente o que é e
consequentemente o que não é, mas percebo que já não é o mesmo e assim, que ele
era foi suprassumido por um novo, mas esse também não é a sua verdade visto que
esse também será superado conservando. Assim a verdade está no movimento e é
este que deve interessar a filosofia, a experiência deve ser a própria
filosofia.