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segunda-feira, 7 de julho de 2025

No giro da multiplicidade: a ansiedade compulsória



Vivemos numa sociedade com um excesso de estímulos e que nos leva a realizar multitarefas pois somos estimulados a fazer várias coisas ao mesmo tempo. Ler enquanto ouvimos uma música no background para isolar os eventuais sons que dispersariam nossa atenção. Citei um exemplo onde se usa uma segunda tarefa para se concentrar na primeira. Numa época de menos estímulos o silêncio seria mais adequado.

Enquanto escrevi este texto toca uma música no YouTube dentro da televisão porque provavelmente eu acho que perderia meu tempo se não escrevesse esse texto e ouvisse música ao mesmo tempo. A música nem serve de background porque eu estou ouvindo mesmo. E de vez em quando olho pro televisor pra ver a coreografia ridícula de Never Gonna Give You Up.

Estamos modulados a usar todas as possibilidades de aproveitar nosso tempo na multiplicidade e não no foco. O foco nos provoca a fazer uma coisa bem feita (um monismo, talvez uma paranoia) e a culpa de não ter feito/aproveitado um monte de coisas. Talvez relacionado ao consumo de inúmeras coisas frágeis e limitadas em vez de coisas duradouras. Não importa criamos uma ansiedade constante que se retroalimenta.

Segundo o Deepseek há uma **forte correlação entre hiperestimulação e ansiedade**, embora a relação seja complexa e multifatorial. Ambos os conceitos estão interligados tanto fisiologicamente quanto psicologicamente. […]

[…]A hiperestimulação não só **desencadeia** ansiedade, como também é **amplificada** por ela. Reconhecer os sinais (ex.: fadiga constante, irritabilidade, dificuldade de "desligar") é o primeiro passo para intervir. Em casos persistentes, buscar apoio profissional (psicólogo ou psiquiatra) é crucial para evitar cronificação.

segunda-feira, 7 de abril de 2025

Ansiedade e Angústia

 


A ansiedade ou a angústia são sensações que muito nos incomodam. Nós sabemos o tanto que nos impacienta, irrita. Mas a ansiedade ou angustia é sem dúvida um motivatriz imperioso tanto para construir e acelerar a constituição de institutos, sejam estados nacionais, sejam personalidades quanto para destruir esses mesmos imperativos categóricos pessoais, legais ou estruturais.

O ser angustiado é o que mais se determina em produzir. Isto quando não é preso pelo contra-movimento arquitetado pelo mesmo sentir. O ser angustiado não pondera faz. E quando erra conserta muito mais rapidamente que os outros, pois por ela se move.

Vivemos numa sociedade de medos paralisantes e cada vez menos angustias. O que é um dado ruim, pois tendem a lentidão as histórias pessoais dos incautos covardizados pela indústria do medo que impera e nossa sociedade. Hoje, mais profundamente que no Feudalismo, o sujeito pode até morrer de inanição, mas resiste em sair para a rua, para o espaço público.

É necessário que tenhamos angústias, tesão em fazer as coisas. É vital que vivamos a cada momento com o maior prazer possível e angustiados por um novo dia. Só quando vivermos assim é que será possível reformar todo o entendimento das sociedades e viável um novo entendimento estrutural. Não é possível conseguir viver num mundo melhor se não tivermos uma extrema, constante e insuportável angústia por justiça. Uma sede de democracia plena e uma fome de liberdade. É preciso viver organicamente a sua própria história, avaliá-la por uma filosofia da história a critério próprio. Igualmente necessário viver intensamente a história de seu grupo, avaliando-a segundo critério coerentes. E finalmente, abreviando, é vital viver a história da humanidade, com um espírito crítico e autocrítico exacerbado.

O sabiá sabia assobiar

  Assim cantou o sabiá Como sempre Sabia assobiar Com a melodia assombrar E o ritmo encadear O sol sobe e a lua baixa As estrela...