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domingo, 2 de fevereiro de 2025

Um dândi

 

Sentia-se poderoso
Mesmo sendo imberbe mendigo
Pois tinha por precioso
A conveniência como abrigo

Vivia como que valsando
De sonhos sonhados
A sonhos perdidos
E pedra a pedra somando
Os desafios havidos

Andava como um deslumbrado
Por entre desfiladeiros cortantes
Por pedras que havia cruzado
Seus cortes eram diamantes

Sangrava como quem sangra de dentro
Lambia suas cicatrizes
Da vida se fazia o centro
Esquecendo as próprias raízes

E se ontem sabia quem era
Hoje não se importava
Pois se era homem e fera
Nada lhe assombrava

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