A variedade quase sempre renega a qualidade dos produtos, cria a impressão de que tudo é uma porcaria ou pior ainda que tudo é a mesma porcaria. Quando há pouca variedade de oferta a qualidade é muito mais destacada. Não digo que os produtos se tornam melhores, mas que se torna muito mais fácil comparar um e outro. Tendemos a escolher o de melhor qualidade.
Quando há
variedade, sobretudo muita variedade, fica difícil comparar e se encontramos
uma variedade de produtos ruins. Basta serem dez ou vinte porcento, tendemos a
perceber que a maioria é ruim, quando não todos são ruins. Aí se destaca o preço
como um diferencial perceptível cuja a variedade naturalmente provoca e ofusca
a qualidade.
Podemos estender
isso pra uma série de coisas quando se amplia a oferta: música, séries, filmes.
Nem preciso discutir os produtos físicos com a sua validade. A questão de moda
ou de caducidade. Retirando a questão da memória afetiva que tende a ressaltar as
qualidades e esconder os defeitos que interfere absurdamente nessa questão,
dizer que as músicas de ontem ou os filmes de ontem são melhores que os atuais
é afetado pela disponibilidade.
Sem dúvida a
questão da concorrência faz com que se fabrique cantores, cantoras, grupos e músicas
pra fazerem sucesso mesmo que momentâneo. Mas isso não é nada novo. Boys Band
são criadas há décadas. Quando eram em menor quantidade, quando gravar não
tinha se popularizado tanto tinham que ser melhores porque senão nem gravavam a
principio e se gravassem era relativamente fácil comparar as obras com parcimônia.
Não havia tantas para apreciar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário