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domingo, 16 de março de 2025

Tem dia que é noite

 


Engels diz que "a história é o mundo das intenções inconscientes e dos fins não desejados" (CASTORIADIS, 1982, p.59). Essas afirmações colocam a história no escuro, ao sabor de um acaso não determinável. Mostra toda a herança hegeliana em Marx e Engels, praticamente ratificando o famoso Espírito da História, que dialeticamente "dá uma vida própria à história".

Portanto, "o hegelianismo como podemos em verdade ver, não está ultrapassado. Tudo o que é e tudo o que será real, é e será racional. Que Hegel pare esta realidade e esta racionalidade no momento em que aparece sua própria filosofia, enquanto que Marx as prolonga indefinidamente até e inclusive a humanidade comunista, não enfraquece o que dizemos, antes o reforça. O império da razão que, no primeiro caso, englobava (por um postulado especulativo necessário) o que já está dado, estende-se agora também a tudo o que poderá ser dado na história. O fato de que o que podemos dizer desde agora sobre o que será torna-se cada vez mais vago na medida em que nos afastamos do presente, provém de limitações contingentes do nosso conhecimento e sobretudo de que se trata de fazer; o que há por fazer; hoje e não de "dar receitas para as cozinhas socialistas do futuro". Mas esse futuro está desde já fixado em seu princípio: ele será liberdade, como o passado e o presente foram e são necessidade" (CASTORIADIS, 1982, p.56).

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