Andar nunca foi algo objetivo
Andar é deslocar
Colocar o corpo em movimento
Piso a piso, laje a laje
Andar é mesurar o mundo
Desligar-se da vida objetiva
É divagar vagarosamente
Em breves instantes sem lucidez
Andar definitivamente não é chegar
É sobretudo partir sem itinerário
É perder-se em si mesmo
Encontrar o que estava perdido
Andar é criar novas teses
É juntar peças desordenadamente
Andar é fugir do óbvio
E se afundar no inexplicado
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