Renê Descartes
definiu que ao homem é possível conhecer tudo até o seu limite, pois o homem é
um ser limitado em um universo ilimitado e por isso teria acesso a verdades
contingentes, restritas. Toda uma tradição do conhecimento humano como limitado
perdurou por muito tempo até o estabelecimento da ciência moderna e da técnica
como hegemônica no mundo, quando ao homem cabe potencialmente conhecer também o
ilimitado. No entanto por ignorar a ética, como consequência disso, vários
deslizes éticos aconteceram. Assim poderíamos refletir sobre o que afirmou
Aristóteles em Ética à Nicômacos:
Escolhemos o
que é indubitavelmente reconhecido como bom, mas opinamos sobre coisas que não
sabemos de forma alguma se são boas, e não são as mesmas pessoas que
consideramos capazes de fazer a melhor escolha e de ter as melhores opiniões;
com efeito, algumas pessoas são tidas como aptas a opinar muito bem, mas por
deficiência moral elas podem escolher o que não devem. (ARISTÓTELES, 1992, p.53
e 54).
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