Sinto-me um estranho em meu próprio lar
Não há outros em mim
O outro sou eu mesmo: um estrangeiro
Eu sou o outro
O de fora
Aquele que não se adequa
Aquele que como Régio não acaba
Não tem princípios
Nem meios
Muito menos fins
Louvo o estrangeiro que há em mim
Se houver sujeito no forasteiro
Se não me culpo por não ser
Por constituir-me negação
O que não sou é o que mais me representa
O que sou nada revela
Tudo é nada
O niilismo é o universo
Onde sou algo
Indefinido, impreciso, insuportável
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