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quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Caos gaseificado

A razão sai-me da cabeça

Para dominar o mundo

O universo se rebela

Não quer ser contido

Especificado

De que espécie é o universo, Lineu?

Tudo tem que estar numa caixinha

Bem organizado

Né, Marie Kondo?

Mas eu devaneio

Junto os reinos

Coloco as espécies nas expressividades

Junto formigas e besouros de olhos azuis

E o carvão ao olho do carcará

Sonho com salada de borboletas

Regadas a mel

Pulgas tomando banho

No meu vira-lata

O vira-lata sou eu

Ele é o lorde em sua mansão

Eu tomo a rua como minha vida

E respiro o caos

Ordem? Pra quê? Pra quem?

Socorro! Quebrei o meio-fio

Quebrei o meu fio

Alguém tem um novo violão

A música tem que parar

A poesia incomoda

Resiste, persiste

Eu? Eu vou embora.

Poesia não tem eu.

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