Acompanham

domingo, 22 de junho de 2025

As morenas e as carrancas

A dor que doi o mundo

É a agonia da existência

O sufrágio universal de existir

Comungar o mesmo local

Coagir-se a não ser múltiplo

Resignar-se a ser o pior de si

Enquanto aflora profundo

Beleza como floresta querendo nascer

Como toda raridade que queremos só pra nós

A escondemos

Resguardamo-la em forte cofre

Toda riqueza deve ser exibida em vidro blindado

Sufocamo-la

As sementes até por vezes escapam

Mas quem quer cultivar?

Quem o quer é parque particular

Assim mostramos as carrancas

E prendemos as morenas (enciumados)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O sabiá sabia assobiar

  Assim cantou o sabiá Como sempre Sabia assobiar Com a melodia assombrar E o ritmo encadear O sol sobe e a lua baixa As estrela...