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sexta-feira, 23 de maio de 2025

Pequena carta sobre a cautela e o medo

 


Seria a precaução tão somente um medo? Seria a previsão um princípio do planejamento? Seria o medo saudável? E planejar? Com essas perguntas todas em minha cabeça começo este texto. Confuso, inquieto como sempre. O futuro, uma incógnita para a maioria de nós, parece-nos amedrontador por não o conhecermos, nem podermos controlá-lo. Poderíamos fazer um paralelo com o que diz Adorno e Horkheimer em dialética do Esclarecimento, no qual diz que o homem precisa explicar/dominar tudo por causa do seu horror ao desconhecido.

Assim planejamos o futuro e esquecemos o presente. Acovardamo-nos, ao não tentar nada inovador, não nos arriscamos com medo do fracasso. Repetimos a mesma velha fórmula, bastante cômoda, para alcançar o mesmo mínimo e garantido sucesso (sucesso?) de sempre. Continuamos a fazer mais do mesmo, acreditando ter realizado algo novo de novo. A mesma balela de sempre a nos conduzir ao autoengano.

O planejamento, com certeza é muito importante, sem dúvida, mas somente quando temos uma visão crítica suficiente para não cair na tentação de ser guiado pela previdência. Não há nenhum mérito em realizar o fácil óbvio. Planejar com ousadia o novo. Este sim é a tarefa do planejamento: inovar. É preciso se libertar do medo de quebrar a cara e encarar o mundo de peito aberto. Como seria belo isto! Mas o medo parece nos emparedar nas redes da cautela e do temor. Bom... pensemos sobre essa curta reflexão...

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